Tendência: “Grab and Go” vai pegar no Brasil?
Dentro do ramo de alimentação, descobrir a próxima tendência de mercado é peça fundamental para alavancar um estabelecimento e criar uma demanda, que antes nem mesmo os consumidores ou concorrentes imaginariam.
A Sou – Conhecimento em Nutrição, vem com a proposta de conversar sobre inovação e tendência no ramo de alimentos. E assim, fomentar a discussão e a chuva de ideias entre proprietários e consumidores.
A conversa de hoje é sobre o bem mais precioso do século XXI, o tempo.
Com o avanço das tecnologias e a alta demanda por saber e conhecer cada vez mais, nos resta cada vez menos tempo para a alimentação mas, nem por isso ela deve ser baseada em fast foods, do modo que conhecemos nos dias atuais.
Sendo assim, os estabelecimentos devem se movimentar para inovar em suas modalidades de vendas e alinhar a mudança com outra tendência forte que é a busca por uma alimentação mais saudável e natural, ou seja, o oposto dos fast foods que antes foram citados no texto.
Então, como podemos aliar a falta de tempo, busca por uma alimentação mais saudável e praticidade?
Países como Estados Unidos e Reino Unido, podem já ter encontrado a solução.
O conceito de Grab and Go (em português, “pegue e vá”) baseia-se em uma hiperconveniência. Um modelo de atendimento que consiste na oferta de alimentos e bebidas prontos para consumo.
Você deve se perguntar mas, isso já não existe no Brasil?
Concordamos que podemos encontrar algo semelhante com lanches e salgados em conveniências de postos de gasolina ou mesmo nas máquinas automáticas.
Entretanto, o conceito vai além, busca entregar pratos e bebidas completas (alimentos frescos, quem não gosta?).
Aquela coxinha no mercadinho, apesar entrar no conceito de “comida rápida” exige a conversa com um atendente, ademais quem nunca perdeu tempo para saber todos os sabores dos salgados?
Além disso, o Grab and Go se diferencia das tradicionais conveniências por investir em uma embalagem explicativa com possibilidade de consumo instantâneo (na temperatura ideal) e o consumidor não necessita realizar o pedido para algum atendente.
O “pegue e vá” é levado ao pé da letra!
Imagine a seguinte situação: Você vai até o estabelecimento Grab and Go, observa a prateleira. Fica em dúvida entre uma Lasanha ou um prato de arroz, carne e legumes. Reflete e escolhe a Lasanha.
Próximo passo, será pegar a Lasanha da prateleira (lembrando que estará em uma temperatura de consumo), dirigir-se ao caixa, pagar e pronto! Comida boa, rápida e prática!
Ressaltamos que para ser uma realidade, o Grab and Go possui suas especificidades.
Sendo assim, o uso de prateleiras para a exposição dos produtos , com temperatura controlada e, embalagens apropriadas que permitem a visualização do conteúdo da refeição, assim como, possibilitam o consumo imediato do produto se faz necessária.
Nesse segmento, a identificação do produto é de extrema importância, logo, os rótulos tem papel fundamental.
Ainda não te convencemos sobre essa tendência?
A pesquisa realizada pela GS&NPD para o Instituto Foodservice Brasil, apresentou que no Brasil, em 2018, o setor de alimentação fora do lar movimentou R$ 205 bilhões. Números expressivos entretanto, a estagnação não é uma realidade distante.
Diante disso, apontamos os pontos fortes da modalidade:
- Espaço requerido é pequeno: cozinha e uma área de atendimento;
- Equipe de funcionários reduzida, comércio focado no autosserviço;
- Melhor controle de insumos e processo de produção focada no pré preparo para rápida reposição;
- Possibilidade pelos pontos acima citados, do proprietário instalar seu estabelecimento em locais como prédios e complexos corporativos.
O que confirma a necessidade de pensar além do tradicional restaurante, mesa e menu. O consultor de alimentos pode te auxiliar na gestão de ideias para inovar! Além de incluir seu estabelecimento, com segurança alimentar, entre os queridinhos das novas tendências.