Ergonomia: o segredo para funcionários saudáveis e produtivos

Souconhecimento/ Janeiro 19, 2020/ Uncategorized/ 0 comments

Já escutou falar desse termo? Ergonomia? Ele aborda o entendimento das interações entre os seres humanos e outros elementos ou sistemas e está respaldado pela norma regulamentadora nº 17, também conhecida como NR-17 (obrigatória para todas as empresas).

Tá, mas o que isso tem a ver com consultoria de alimentos?

A Sou se reúne hoje com a MS Ergonomia do Trabalho para produção desse conteúdo para vocês.

A aplicação da ergonomia em cozinhas contribui para a melhor execução das tarefas tornando-as compatíveis com as necessidades, habilidades e limitações dos funcionários. Em resumo, fornece bem estar e saúde aos funcionários, ao mesmo tempo que garante produtividade e segurança para o estabelecimento.

Certamente, quando você pensa em riscos na cozinha você logo imagina a cena de uma faca cortando um funcionário ou uma queda em chão molhado, certo?

Mas existe um risco importante chamado risco ergonômico. Sendo ele todas as condições que afetam o bem-estar do indivíduo, sejam elas físicas, mentais ou organizacionais. Ou seja, um levantamento de peso inadequado, ritmo excessivo de trabalho, repetitividade e postura inadequada, por exemplo.

Vai dizer que uma panela grande cheia de arroz é leve para uma cozinheira despreparada carregar de um canto para outro da cozinha?

Segundo o  Boletim Informativo Quadrimestral sobre Benefícios por Incapacidade lançado pelo Ministério da Previdência Social, as doenças  motivadas por fatores de riscos ergonômicos têm sido as principais causas de afastamento do trabalho.  

Um quadro de funcionários desfalcado bagunça ou não a produção do estabelecimento? Quer dizer então, que ergonomia é interesse financeiro do proprietário também.

Listamos aqui alguns riscos ergonômicos encontrados na cozinha:

  • Ambiente físico inadequados as características dos trabalhadores (dimensões, configurações, ambiências);
  • Instrumentos e equipamentos inadequados e sem manutenções adequadas;
  • Organização do trabalho inadequada;
  • Má postura e/ou posturas prolongadas;
  • Levantamento de pesos acima dos limites recomendados;
  • Movimentos repetitivos de membros superiores e coluna
  • Permanência na postura em pé por períodos prolongados de tempo;
  • Manuseio excessivo de picadores, facas e colheres;
  • Inclinação de tronco e uso da força no manuseio de cubas e panelas;
  • Manuseio de equipamentos que provocam vibrações (espremedor de frutas, fatiador de legumes);

Em síntese, podemos definir as DORTS (Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho) como as queixas, doenças ocupacionais e acidentes de trabalho em trabalhadores em cozinhas industriais mais comuns, segundo artigo publicado na Revista Brasileira de Saúde Ocupacional.

Extraído de: Casarotto 2012 Rev. bras. saúde ocup. vol.28 no.107-108 São Paulo
Extraído de: Casarotto 2012 Rev. bras. saúde ocup. vol.28 no.107-108 São Paulo

Sendo assim, a MS Ergonomia separou algumas dicas de ergonomia no trabalho em cozinhas:

USO DE BANCADAS, PIAS E FOGÕES

  • A altura da atividade em bancada de trabalho não deve ultrapassar a linha do umbigo;
  • Mantenha postura ereta com os músculos abdominais contraídos;
  • Procure acomodar os pés sob as bancadas de trabalho, aproximando o corpo da atividade que está fazendo
  • Colocar uma plataforma para intercalar a sobrecarga nos membros inferiores.

USO DE VASSOURAS, RODOS E AFINS

  • Tente utilizar apenas vassouras, rodos com o cabo grande, proporcional a altura de quem está o utilizando;
  • Evite inclinar-se para frente, mantendo uma postura ereta com os pés afastados o tempo inteiro;
  • Para limpar embaixo dos móveis, agache sentando-se sobre seus pés e contraindo o abdômen.

TRANSPORTE MANUAL DE CARGAS

Aproxime-se da carga;

  • Abaixe-se com os joelhos dobrados, abdômen contraído e pés bem separados;
  • Para eleva-la posicione a carga junto ao corpo, com as duas mãos e mantendo um ângulo de 90º do tronco;
  • Para realizar transporte manual de cargas volumosas e pesadas solicite auxílio de um colega, essa dica também, vale para panelas;

Assim, é importante frisar que essas orientações devem ser reforçadas no dia a dia da rotina de trabalho da equipe.

Dessa forma, garantimos o bem estar dos funcionários, reduzimos o número de lesões e, em consequência, a redução do número de faltas.

Afinal, os processos de cozinha serão melhor executados por funcionários que não estão com constantes dores que afetam não só a parte física, como emocional.

Sendo assim, é importante que o proprietário veja a ergonomia como um investimento. A MS Ergonomia (clique aqui para o contato), que nos ajudou na produção desse texto oferece serviços para empresas em Ribeirão Preto – SP.

E nós, como consultores de alimentos, devemos entender que o bem estar dos funcionários influencia diretamente na produtividade do estabelecimento e no cumprimento das legislações. Assim também, lá no nosso instagram conversamos bastante sobre as relações com funcionários da equipe. Confira aqui.

Tem alguma história sobre ergonomia em estabelecimentos de alimentação? Conta pra gente por aqui 🙂

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