Pet friendly: cada vez mais um diferencial em estabelecimentos de alimentação
Quando um estabelecimento de alimentação se considera Pet friendly, em português, um amigo dos animais, agrega valor e atrai clientes pelo simples fato de aceitar a presença de um membro da família.
Sim! Um membro da família! Dados, de 2018, do IBGE e do Instituto Pet Brasil apontam uma estimativa total de 139,3 milhões de animais de estimação.
O Serviço de Proteção ao Consumidor realizou pesquisa que apontou que 61% dos brasileiros veem seus animais de estimação como parte da família e muitos deles gostariam de incluir mais os pets em suas rotinas fora de casa.
Sendo assim, os números não mentem, a demanda existe. Mas, do ponto de vista, da segurança de alimentos será possível atender a esses pedidos dos donos?
A Sou faz hoje uma análise das legislações vigentes sobre o assunto e os cuidados na hora do restaurante se identificar como Pet friendly.
Você já deve ter visto em alguns comércios e shoppings placas identificando que a presença de pets é liberada, desde que siga alguns critérios estabelecidos pelo estabelecimento, como porte do animal.
A lei municipal de São Paulo (n° 10.309) traz a proibição da entrada ou permanência de animais em locais ou estabelecimentos onde se manipulem, beneficiem, preparem, vendam ou fabriquem produtos alimentícios.
Sendo assim, estabelecimentos de alimentação são proibidos?
Não é bem assim, a Vigilância Sanitária estabelece algumas regrinhas para a permissão da presença dos animais em restaurantes e cafés. Confira as exigências:
- Área específica para clientes com cachorros, coberta e arejada, sendo somente permitido na área de consumação e deve ser distante do local de saída dos alimentos ou recepção de matérias primas;
- Essa área deve ser revestida de material sanitário (liso, não poroso, de fácil limpeza e desinfecção);
- Ponto de água para limpeza;
- Disponibilizar sacos plásticos para a limpeza das fezes dos animais e uma lixeira disponível para esse descarte;
- Funcionário exclusivo para a limpeza que não manipule alimentos.
Somado a isso, algumas orientações do estabelecimento devem ser expostas aos clientes como:
- Não utilização de utensílios do restaurante para alimentação do pet;
- Garantir que o animal seja dócil e com as vacinações em dia;
- Equipar o animal com coleira e em boas condições de higiene;
- Não adentrar com o animal para a área de manipulação ou venda de alimentos.
Depois de garantir a adequação de seu estabelecimento para as exigências da Vigilância Sanitária, o estabelecimento pode investir na ambiência desse espaço.
Como já apontado, os pets são vistos como parte da família e nada melhor para os pais que saberem que seus filhos são bem cuidados.
Então, quando possível, o estabelecimento pode disponibilizar potes com água, caminhas e almofadas (com a correta periodicidade de limpeza), alguns tipos de brinquedos se o dono desejar, entre outros toques extras que podem fidelizar o cliente.
A Sou ama animais e vê o movimento Pet Friendly como uma grande oportunidade de marketing e fidelização de clientes mas, reforça as exigências da Vigilância Sanitária. Quer ajuda com as adaptações? Entre em contato com a gente!